O SILÊNCIO DAS ASAS...

O SILÊNCIO DAS ASAS...
Este é um canal aberto pelo qual atrevo-me a deixar os sentidos em incubação até que eles transcendam e se transformem numa febre ardente,louca, amável e pensante,para que os olhos trafeguem livres por entre as imagens mudas sobre o grito das palavras soltas. Porém cada fragmento aqui lapidado tem cheiro de terra,jeito de arte, gosto de vida e sabor de pólem. São como as folhas esquecidas que choram no outono,é como um beijo liberto no vazio para que possa ser levado suavemente no assanhar colorido das asas inquietas das borboletas...(lucas)

O Silêncio das Asas

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Janis - 42 anos do belíssimo álbum Pearl


OS QUARENTA E DOIS ANOS DO ÁLBUM PEARL DE JANIS JOPLIN
Lançado poucos meses depois de sua morte, Pearl 
consolida a força do mito que Janis Joplin se tornaria 
como um dos melhores álbuns de sua carreira.



























Janis Joplin em ensaio para o álbum Pearl, fotografada por Barry Feinstein.


You say that It’s over, baby/You say that It’s over now/But still you hang around me, come on, won’t you mover over” são os versos que abrem Move over, primeira faixa de um disco que, excepcionalmente, recebe o título que melhor o define: Pearl, em português, Pérola, apelido da jovem cantora que assina os vocais deste trabalho, Janis Joplin.
Foi exatamente no dia 11 de janeiro, de um longínquo ano de 1971, que o álbum chegava às lojas dos Estados Unidos, embora a sua vocalista não estivesse mais aqui. Tinha morrido há cerca de quatro meses por uma overdose fatal de heroína, num quarto de hotel, em Hollywood, ainda durante as gravações de Pearl, em outubro de 1970, deixando a faixa Buried Alive The Blues (título um tanto quanto sugestivo à sua morte) inacabada.
A notícia de seu falecimento chegou com surpresa ao conhecimento dos amigos mais próximos, que achavam que Janis estivesse longe da heroína. Naquele mesmo ano, a mesma havia tirado férias no Brasil, como forma de Rehab, já que 1969 fora um ano tenso, cercado de altos e baixos em sua carreira, o que intensificou sua dependência em álcool e heroína. No Brasil, Janis curtiu o carnaval carioca (com direito a top less na praia, expulsão no Hotel Copacabana Palace, o qual ela havia se hospedado, por nadar nua; cantoria num inferninho carioca e muita bebedeira) e, logo depois, viajou de moto com o namorado até o norte do país.Naquele mesmo ano formaria sua terceira e última banda, a Full Tilt Boogie, que, diferente da The Kozmic Blues Band, formada em 1969, foi o seu melhor conjunto desde o Big Brother and Holding Company, banda que a introduziu no estrelato, em 1967, durante sua apresentação no Festival de Monterey Pop. A última banda, formada em 1970, conseguiu satisfatoriamente preencher a desarmonia de sua anterior e trouxe uma pegada mais soul e rock and roll, que deu brilho e total presença na voz de sua líder. O grupo parecia literalmente feito para Janis; e é claro que a cantora não poderia estar mais feliz do que nunca por ter encontrado, enfim, a sua batida, ou melhor, banda perfeita.Fora neste ano que a mesma se apresentara no Festival Express, onde reuniu grandes estrelas do rock numa excursão a bordo de um trem, passando por algumas cidades do Canadá como: Montreal, Toronto, Winnipeg e Calgary. Esse festival foi documentado e, mais tarde, lançado em DVD, trazendo imagens raras e memoráveis da cantora no palco, em plena forma, e em momentos de descontração com outros músicos.Quando o produtor Paul A. Rothchild foi chamado para trabalhar com Janis Joplin, ele esteve certo quando afirmou que faria o melhor álbum da carreira da cantora. Pearl foi o primeiro álbum que deu a Janis o primeiro debut nas paradas americanas, com a faixa Me and Bobby Mcgee, uma deliciosa canção no melhor estilo country texano, escrito por Kris Kristofferson em parceria com Fred Foster. E trouxe ainda canções emblemáticas que se tornariam hino em seu repertório como: Move over, Cry Baby, Get It While You Can e Mercedes Benz, faixa acapela escrita pela própria que, com o seu humor sarcástico, pergunta a Deus: “Oh Lord, won’t buy me a Mercedes Benz?” E como não mencionar a belíssima interpretação da cantora na emocionante faixa A Woman Left Lonely? um dos pontos máximos do álbum.Quarenta e dois anos após o lançamento de Pearl, sua qualidade sonora permanece a mesma e tão solidificada quanto a força do mito que a jovem branca do blues se tornou. O álbum, sem dúvida nenhuma, é de se fazer chorar, de emoção!



















































































































Um grande Abraço!
Luca